quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Letramento digital

Bem, como o vídeo do Colóquio talvez não seja disponibilizado na rede, escrevo minhas impressões sobre a fala da Professora Dra. Carla Coscarelli, do Grupo de Pesquisa A tela e o texto, da Faculdade de Letras da UFMG.
O título da conferência da Prof. Carla foi: Alfabetização e Letramento: a cultura escrita na sala de aula (em tempos digitais).


O homem inventou a tecnologia digital. Ela aparece em um mundo caracterizado por desigualdades econômicas e sociais, em que nem todos possuem um computador em casa. Além disso, nem todas as escolas oferecem as ferramentas necessárias para que as crianças e jovens aprendam a operar os programas existentes.

Alfabetizar e ensinar no século XXI são atividades que precisam receber novo tratamento, para atender ao modo de escrever que as novas tecnologias trazem. Hoje, alfabetizar apenas por meio do lápis e do papel é algo que pode levar a um atraso das gerações de camadas populares em relação às de classe média.

A alfabetização precisa considerar que existe, além do grafite, o mouse, o pincel mágico e o teclado. A caligrafia, agora, envolve fontes, animação e cores. O número de gêneros textuais aumentou, com o surgimento de novos gêneros; cada um, requerendo uma maneira diferente de ser escrito: e-mail, torpedo, chat, MSN. Também os suportes se modificaram e apareceram novas interfaces, como a tela do celular.

A pesquisadora fez um estudo sobre os livros didáticos (LDs), com relação ao que tinham a contribuir para o letramento digital do aluno e do professor. A conclusão foi de que os LDs têm muito pouco a contribuir para esse aspecto.

Diante disso, várias questões foram postas: o que muda nos textos, na produção, na recepção? O ensino deve ser realizado de forma prescritiva ou levando-se em consideração a capacidade de escolha dos alunos? A internet na escola deve negar o acesso a determinados sites ou disponibilizar um acesso livre e irrestrito, como o que os alunos de classe média possuem em casa?

Assim, é importante, nesse momento, uma formação moderna e inclusiva do professor.

Postado por Juliana.

Nenhum comentário: