terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tia Mariazinha

A tia Mariazinha brincava de boneca com a gente. Entrava em nosso mundo de criança e se encantava com as peças de teatro junto com a gente. Incentivava a brincadeira e a alegria. Enchia a geladeira de ameixas, maçãzinhas, danoninhos. Abastecia a casa de coisas das quais gostávamos. Ensinava a fazer bala delícia e a ir a pé para o Largo do Machado. Ensinava a pegar ônibus e a nunca esquecer de levar a sombrinha e os lanches. Ela apoiava todas as nossas escolhas. Estava presente nas comemorações de todas as conquistas. Na primeira comunhão, lá estava ela. Viajava com o fusquinha do Rio até Minas. Uma vez, dirigiu até lá só para levar o filhote de cocker que havíamos ganhado da Mariana. Ela decorou nossas noites de Natal com sua roupa de Papai Noel e, dentro do saco de presentes, todos os nossos sonhos escritos em cartinhas eram concretizados. Há oito anos, eu não tenho mais a tia Mariazinha. Hoje, ela ficou em paz e liberdade, junto a Deus. Mas sempre, para a eternidade, serei uma pessoa premiada de uma forma muito especial, porque tive a minha tia Mariazinha.

Postado por Juliana.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A linguagem Braille

Leitura especial

Bibliotecário no Instituto São Rafael, em Belo Horizonte (MG), há trinta anos, Juarez Gomes Martins é cego, defensor do Braille e da maior disseminação da literatura entre os estudantes. Segundo ele, o processo de leitura é marcado por algumas dificuldades, como o contato do deficiente visual com as ilustrações, mas é muito importante que o aluno saiba ler primeiramente em Braille. “É um processo mais complicado. Não é como a visão que você bate o olho e já percebe rapidamente o desenho. No entanto, é importante que o aluno tenha um domínio sobre a sua linguagem. Com paciência e treino, ele consegue desenvolver uma boa leitura tátil”, conta. Juarez também sugere que, quando possível, os professores usem materiais concretos para que o aluno possa conhecer as dimensões do objeto. É uma forma simples de estimular o interesse do estudante pelo que está retratado nos livros.

Como afirma a professora Márcia Helena Pallota, os recursos são importantes para garantir a igualdade entre alunos deficientes visuais e alunos videntes. “Não é porque ele é cego ou tem baixa visão que ele terá mais dificuldades. Se o aluno tiver o material adaptado ao que ele necessita, a dificuldade que ele tem, seria a mesma se ele fosse uma criança vidente”.

Fonte: Ceale

Postado por Juliana.