sábado, 13 de outubro de 2007

Osso duro de roer


Essa semana o diretor José Padilha estava "em todos" os programas de debate da Rede Cultura. No Roda Viva, no Observatório da imprensa, enfim, estamos todos comentando o filme Tropa de Elite.
Muita gente já assistiu ao pirata e repetiu a dose no cinema. Foi o caso de uma amiga minha, que fez sessão pirata em casa com amigos e foi comigo ao cinema ontem, dia da estréia em Vitória.
O filme é excelente. Os atores estão muito bem e a impressão que tive foi a de que os testes para atores devem ter sido como uma peneira bem fina. O capitão Fábio é engraçadíssimo em sua fraqueza de caráter. Neto é apaixonado por sua profissão e o capitão Nascimento, um macho duro de matar, implacável com os traficantes e com "quem ajuda traficante", como ele diz.
Tropa de Elite mostra a falta de ética na polícia do Rio de Janeiro. Sabemos que essa falta acomete a polícia brasileira em geral e pede uma atitude no sentido de reestruturar a instituição, mais ou menos como Neto fez na oficina: organização, resolução, destino certo para verbas.
Impressiona o curso de formação dos futuros integrantes do BOPE: um treinamento para a violência, através da violência.
A questão debatida por mim, minha amiga e minha irmã, na saída do cinema, foi a da legalização das drogas.
Como arte, o filme dá orgulho (pelo menos a mim, sim, como brasileira).

Mas, Falcão cantando na hora do letreiro... Argh! Tanta trilha mais interessante...



Postado por Juliana. (No site do DCE UFMG: Repórter Internauta, "A fila do quentão e o Brasil").