terça-feira, 7 de outubro de 2008

A linguagem Braille

Leitura especial

Bibliotecário no Instituto São Rafael, em Belo Horizonte (MG), há trinta anos, Juarez Gomes Martins é cego, defensor do Braille e da maior disseminação da literatura entre os estudantes. Segundo ele, o processo de leitura é marcado por algumas dificuldades, como o contato do deficiente visual com as ilustrações, mas é muito importante que o aluno saiba ler primeiramente em Braille. “É um processo mais complicado. Não é como a visão que você bate o olho e já percebe rapidamente o desenho. No entanto, é importante que o aluno tenha um domínio sobre a sua linguagem. Com paciência e treino, ele consegue desenvolver uma boa leitura tátil”, conta. Juarez também sugere que, quando possível, os professores usem materiais concretos para que o aluno possa conhecer as dimensões do objeto. É uma forma simples de estimular o interesse do estudante pelo que está retratado nos livros.

Como afirma a professora Márcia Helena Pallota, os recursos são importantes para garantir a igualdade entre alunos deficientes visuais e alunos videntes. “Não é porque ele é cego ou tem baixa visão que ele terá mais dificuldades. Se o aluno tiver o material adaptado ao que ele necessita, a dificuldade que ele tem, seria a mesma se ele fosse uma criança vidente”.

Fonte: Ceale

Postado por Juliana.

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