quarta-feira, 9 de julho de 2008

Camaleão

Hoje eu me lembrei de um filme do Woody Allen cujo título relaciona-se com a palavra “camaleão”. O protagonista do filme, interpretado pelo próprio Woody Allen, mudava o seu jeito de ser dependendo das pessoas que estavam ao seu redor. Se ele se aproximava de um cantor, ele adquiria a capacidade de cantar. Se ele ficasse perto de um físico, ele começava a falar de assuntos dessa disciplina. Ressalto que esses exemplos me surgiram no momento, mas acho que a idéia central era essa. Assim, esse filme retrata a transmissão de sentimentos e conhecimentos de uma pessoa para outra, de forma similar à osmose. No tocante à transferência de sentimentos, acho que a maioria das pessoas já presenciou isso. Afinal, quem nunca se sentiu triste após ficar perto de uma pessoa que não lhe traz coisas boas? Alguns indivíduos chamam isso de energia; apesar de ser um pouco resistente a essa terminologia, não conheço outra melhor. O engraçado é que uma pessoa pode passar ótimos sentimentos para alguém, e ao mesmo tempo, não transmitir nada de bom para outrem. É algo bem relativo. Além disso, esse sentimento pode vir “de graça”, sem necessidade de nenhuma ação ou fala negativa de alguém, a sensação surge espontaneamente. Outra questão refere-se ao fato de um indivíduo, em um momento, passar sensações maravilhosas. Mas, em outra ocasião, essa transmissão não ser tão boa, chegando a ser até dolorosa. Como somos vulneráveis à presença de outros indivíduos. Alguns nos trazem emoções maravilhosas como as que sentimos quando em contato com a natureza. Já outros, nos trazem sensações de total desconforto, sentimos totalmente fragilizados, parece que estamos longe de tudo, inclusive de nós mesmos. O ponto compensador é que podemos escolher nossas companhias, temos a liberdade de estar perto de quem realmente nos faz feliz. Dessa forma, o nosso ser-camaleão pode sugar as “coisas boas” das pessoas que nos fazem bem. Força suficiente para combater os momentos de fragilidade, que dentre outros motivos, podem ter sido acarretados por outros seres humanos.

Postado por Patrícia

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Pat. O filme se chama Zelig e é ótimo.
Um beijo.
Alf.

Gabriela Galvão disse...

Pat,

Eu ateh hj ñ sei se deixei d tr resistência à terminologia "energia" p falar do q vc tratou aqui, mas concordo q seja a melhor, mais adequada, enfim.
Soh q eu a tenho aceitado melhor pq a gente gera msm energia,energia msm, dessas d ligar eletrodoméstico. (Ia dizer "acender luzes"; soh q preferi "ligar eletrodoméstico" pq bom, acende e apaga luzes tb internas, as nossas luzes...

Nossa, este txt ficou confuso, eu tô achando...

Mas o seu tah mt bem escrito, parabéns!

Bj!