sábado, 21 de março de 2009

Minhas queridas avós

O dia 31 de março é muito especial para mim, pois, nessa data, minhas duas avós nasceram. Apesar de não ser eu a aniversariante, esse dia me traz a sensação de que eu ganhei dois presentes.
Cada uma tem seu jeito. A vó Gláucia é bastante agitada, acorda cedinho, comanda tudo, tem o maior prazer em fazer as coisas. Se alguém da família está com problemas, ela se prontifica no mesmo momento para ajudar. Ela é a matriarca da família. Fala com o maior orgulho que se aposentou como cozinheira, e que vários de nossos parentes morreram em seus braços. Não cansa de obter funções, se isso for necessário para o bem-estar de seus familiares. Se o pai dela deixasse, ela teria feito engenharia. Nossa, aí que ninguém seguraria essa mulher...
Já a vó Livinha brilha em outras tarefas. Não conheço ninguém que se pareça com ela no tricô e no cuidado com as flores e plantas. Adora viajar, e tem até vivência internacional. Acha tudo baratinho e adora dar presentes aos outros. Esses dias, ela nos deu um susto com o tombo, mas agora ela já se recuperou e já tem planos para a próxima viagem.
Nesse momento em que escrevo, a vó Gláucia está na cozinha fazendo pé-de-moleque, e a vó Livinha está costurando no sol. Não podia ser diferente. Assim, sinto muito feliz nessa data. Agradeço por essa possibilidade de estar aqui com elas, nessa mesma casa, acordar e dormir perto dessas mulheres que transmitem tanta alegria e amor.

Postado por Patrícia. Julho de 2008 na Figueira

sexta-feira, 13 de março de 2009

Tecnologias

Em artigo publicado no periódico Educação e Sociedade, em 2002, a pesquisadora Magda Soares fala sobre letramentos (no plural), espaço de escrita e as mudanças que ocorrem quando se utilizam diferentes tecnologias de escrita e leitura. Tais mudanças são especialmente de ordem cognitiva e social.

"Todas as formas de escrita são espaciais, todas exigem um 'lugar' em que a escrita se inscreva/escreva, mas a cada tecnologia corresponde um espaço de escrita diferente.

[...] Em síntese, a tela, como novo espaço de escrita, traz significativas mudanças nas formas de interação entre escritor e leitor, entre escritor e texto, entre leitor e texto e até mesmo, mais amplamente, entre o ser humano e o conhecimento. Embora os estudos e pesquisas sobre os processos cognitivos envolvidos na escrita e na leitura de hipertextos sejam ainda poucos (ver, por exemplo, além das já citadas obras de Lévy, também Rouet, Levonen, Dillon e Spiro, 1996), a hipótese é de que essas mudanças tenham conseqüências sociais, cognitivas e discursivas, e estejam, assim, configurando um letramento digital, isto é, um certo estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e exercem práticas de leitura e de escrita na tela, diferente do estado ou condição – do letramento – dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel. Para alguns autores, os processos cognitivos inerentes a esse letramento digital reaproximam o ser humano de seus esquemas mentais.

[...] Pode-se concluir que a tela como espaço de escrita e de leitura traz não apenas novas formas de acesso à informação, mas também novos processos cognitivos, novas formas de conhecimento, novas maneiras de ler e de escrever, enfim, um novo letramento, isto é, um novo estado ou condição para aqueles que exercem práticas de escrita e de leitura na tela (SOARES, 2002)".

SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educ. Soc., Campinas, v. 23, n.81, Dec. 2002.

Postado por Juliana

domingo, 8 de março de 2009

O ouvinte


Nem todos os livros possuem versões em braille para que o deficiente visual possa fazer sua leitura individual ou em voz alta, para amigos ouvintes, alfabetizados ou não. Assim, o audiolivro torna-se um "achado" porque permite que o livro seja conhecido por todos os ouvintes.

Para saber mais, LibriVox.


Postado por Juliana

quinta-feira, 5 de março de 2009

Contos na Paraíba

E indico o blog do Alfredo, que, desde fevereiro, escreve um conto por semana. "Gabriel e uns tantos demônios" proporciona o deleite com a linguagem e o encontro com um personagem que é de uma introspecção especial ou, talvez, mais comum do que possamos imaginar.
"Bondade infinita" é o segundo e mais novo conto postado. Sugere o paradoxo.

Postado por Juliana