sexta-feira, 20 de junho de 2008

Questões de Gênero


A postagem da Ju me lembrou as dificuldades no aprendizado do feminino ou masculino em uma língua estrangeira. Não existem muitos problemas no inglês, pois o artigo definido “the” indica tanto o masculino quanto o feminino. Mas no francês, que sufoco! Há uma dica que os professores recomendam e que pode servir para os estudantes dessa língua. É a seguinte:

Todas as palavras terminadas em “age” são masculinas, como voyage (viagem), visage (rosto), etc.
Entretanto, como toda regra, há exceções. Basta decorarmos quais as palavras terminadas em “age”que são femininas. Aí são elas:

l’image (imagem), la cage ( prisão), la plage (praia), la page (página), la rage (raiva) e la nage (nado, ato de nadar).

Como é estranho pensarmos “le voyage” ao invés de la voyage (errado)...Acho que vou cometer esses errinhos por um bom tempo!


Postado por Patrícia.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Espaço apertado

Este mês, a colunista Nina Horta, da seção Comida, da Folha de S. Paulo, desabafava sobre o encolhimento do espaço de sua coluna no jornal. Ela dizia que escrevia , escrevia e, quando ia ver, era preciso cortar um monte de coisa.

Escrever em um espaço limitado realmente não é fácil.

Senti o mesmo que ela quando, recentemente, prestei um concurso público. Em uma das questões, havia o comando para que redigíssemos, baseando-se nas principais idéias de uma entrevista reproduzida na prova, um artigo de opinião relacionado ao tema trânsito, transporte coletivo e crescimento urbano desordenado. Até aí, tudo bem. Mas... em, no máximo, 12 linhas?

Em geral, todos os meus textos são sucintos. Aliás, como leitora, também me atraem os textos curtos, como contos e microcontos. Mas se ver diante de uma limitação rígida de número de caracteres ou de linhas a serem escritos é uma situação em que se deve ser ainda mais seletivo na escolha das palavras e das relações - mais objetivas possíveis - entre elas. Na prova do concurso, meu rascunho da resposta à primeira questão foi todo “depenado”! Nas outras, comecei a me habituar com a exigência de um máximo de 12 linhas e procurava acertar já no próprio rascunho.

Escrever em espaços delimitados requer, simplesmente, treino.

Postado por Juliana.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Feminino ou masculino?

alface - própolis - grama - espinafre

a alface
a própolis
o grama
o espinafre


Então, diríamos: Por favor, duzentos gramas de canela.

Fontes: Dicionário UNESP do Português Contemporâneo e Priberam

Postado por Juliana.

sábado, 7 de junho de 2008

Via ECT

Outro dia, li, em um site, um texto sobre o fim do e-mail, que, segundo o autor, estaria muito próximo. Nesse dia, esse meio de comunicação já teria se tornado "tão relevante quanto uma carta manuscrita, dentro de um envelope selado". Às vezes as pessoas se esquecem de que certos costumes e experiências culturais e sociais continuam a existir fora do eixo pontocom.

Isso porque não conhecem a Senhora Zelma, minha mãe! Ela sempre teve a família (minha avó e tios) longe, lá em Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. O hábito de escrever cartas e cartões postais é tradicional e valioso para ela. É uma forma de dizer o que não dá tempo em um telefonema; detalhes e sensações difíceis de expressar quando se está preocupado com a conta de interurbano e com os ouvidos das paredes.

As cartas da mamãe são cheias de surpresas gostosas: fotos, recortes de jornal... doces palavras. Aliás, ela escreve tão bem que recebe convites para redigir discursos familiares e dizeres de cartões formais. Sua escrita possui a personalidade de seu bordado, que, antes de ficar pronto, por meio de um trabalho cuidadoso e de arremates firmes, já se encontra projetado em sua imaginação. O estilo se mostra nas linhas - da letra e do tecido - enquanto o ofício, se esconde nos rascunhos e moldes.

Selar um envelope e caminhar aos correios é um dos melhores prazeres! Em minha adolescência, no interior de Minas, chegava a receber quatro deles de uma vez! Todos de minhas amigas que moravam em Vitória. Na frente da casa havia uma caixinha de correspondência, fechada à chave, verificada todos os dias.

Minha melhor amiga de infância mora em Londres. Ela bem podia comunicar seu endereço novo por e-mail. Ao invés disso, enviou lindos cartões, by airmail, às pessoas estimadas que deixou no Brasil.

A tecnologia evolui, novos meios surgem para que a velocidade de trabalho aumente e para que as distâncias se encurtem de alguma forma. Nos adaptamos a eles e a vida melhora. No entanto, uma carta manuscrita jamais será irrelevante.

Postado por Juliana.