quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O internetês vai acabar com a língua portuguesa?

Escrever um texto na internet utilizando palavras abreviadas é um atentado à nossa língua? Quem digita dessa forma contribui para “acabar com a língua”?
A língua atende à necessidade do momento. Existem variações lingüísticas, utilizadas na fala e na escrita, de acordo com a situação em que o falante se encontra ou para a qual o texto se destina.
Não podemos dizer que uma pessoa do interior de Minas fala incorretamente. Ela fala um dos dialetos existentes no Brasil. Não existe língua padrão, por isso, nenhum dialeto é mais correto que o outro.
O que existe é uma norma, que aparece na Gramática, um manual que descreve a língua e prescreve algumas regras. Elas são aplicadas quando precisamos utilizar a variação formal da nossa língua, como, por exemplo, no trabalho.
Em uma reunião entre amigos, geralmente escolhemos a variedade informal para nos comunicarmos. Da mesma forma, na internet, ao escrevermos e-mails para amigos, scraps ou textos em blogs pessoais, adotamos uma variação lingüística adequada para aquele meio ou ocasião.
A adoção de determinada variação lingüística é como a escolha da roupa melhor indicada para cada momento.
Estranho seria se escrevêssemos um bilhete ao amigo empregando a segunda pessoa do plural, o vós! Estaríamos indo à praia de longo ou black tie. Da mesma forma, escrever um e-mail a um cliente ou fornecedor digitando as palavras de forma incompleta seria como ir a um baile calçando havaianas.
Então, a língua é um sistema flexível, com o qual as diversas formas de expressão conseguem ser externadas, por meio da fala, escrita ou sinais, em suas diversas variedades.

Postado por Juliana.

Aniversário e Reveillon




Adeus ano velho e um paradisíaco 2008.

Postado por Juliana. Foto: Juliana. Morro de São Paulo, dez, 2007.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Ano Novo

Ano-novo
Meia-noite. Fim
de um ano, início de outro. Olho o céu:
nenhum indício

Olho o céu:
o abismo vence o olhar. O mesmo espantoso silêncio
da Via Láctea feito um ectoplasma
sobre a minha cabeça
nada ali indica que um ano novo começa.

E não começa
nem no céu nem no chão do planeta:
começa no coração

Começa como a esperança de vida melhor
que entre os astros não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho estelar
que sonha
(e luta)

Ferreira Gullar

Postado por Patrícia

domingo, 9 de dezembro de 2007

Gentileza

GENTILEZA gen-ti-le-za Sf 1 ato ou gesto que revela cortesia, oferta ou concessão: retribuir uma gentileza 2 característica de quem é gentil; amabilidade: A gentileza baiana é famosa. 3 cortesia; delicadeza: Marcelo tinha grande gentileza. por g. usada no discurso direto para introduzir solicitação ou pergunta; por favor: Por gentileza, passe-me o sal. Ant grosseria.*

O mundo de hoje, do século XXI, está me parecendo cada vez mais cruel, com tantas atitudes inexplicáveis, como o caso do assalto a um padre e uma professora de catequese, ocorrido recentemente aqui no Brasil. E são tantos outros. Episódios de intolerância, violência, corrupção.
Seria difícil encontrar explicações para esse comportamento humano, que nos leva a externar nosso lado ruim, aquele que é capaz de causar dor no outro, seja ela de que tipo for. Certamente, porém, entre tais explicações estaria o individualismo.
Nos falta perceber e compreender o significado de República. A palavra se refere, obviamente, ao que é público. A rua, o parque municipal, o transporte, a praça, a escultura que está na praça. Tudo isso pertence a toda a população da cidade. No entanto, não recebem tratamento de bem coletivo. As coisas que não estão dentro de uma residência particular não são percebidas como nossas e, menos ainda, como do outro, que frequenta o mesmo espaço público.
Assim, vemos pichações de muros, depredação de orelhões, pontos de ônibus e elevadores, vemos lixo no chão e, até as pessoas são tratadas como coisa. Coisa sem valor, sem história, sem sentimento, sem bagagem cultural, sem voz.
Apesar de tudo, muita gente, ao longo da história da humanidade, nos passou mensagens de gentileza urbana e convivência mundial pacífica. Hoje assisti ao espetáculo do "Circo Gentileza" e me lembrei do profeta Gentileza, cantado por Marisa Monte (no disco "Memórias, crônicas e declarações de amor")e do "Teatro Mágico".
É muito bom ter contato com a arte dessas pessoas porque dá a impressão de que resta esperança para o ser humano.

*BORBA, Francisco S. (Org.). Dicionário UNESP do Português Contemporâneo. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

Postado por Juliana.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


E Santa Clara clareou!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Música

Chove forte em BH há dias. O Sol amanhece bonito, um calorão à tarde e... a água desce no fim do dia com gosto, relâmpagos e tudo mais. Não estamos muito preparados, nas cidades, para receber as chuvas fortes que a natureza manda. As ruas ficam alagadas. A energia elétrica acaba e, em consequência, os semáforos param de funcionar, deixando o trânsito ainda mais enrolado, os computadores desligam, levando embora arquivos não salvos. Somos muito frágeis nas cidades. Não mencionei os desabamentos, as enchentes, os acidentes nas estradas.
Poderíamos procurar diminuir este impacto, por exemplo, não jogando lixo na rua, e em todos os outros lugares impróprios a isso, como os terrenos baldios. Evitar, também, utilizar os carros (não só nos dias de chuva), ter maior prudência ao dirigir em pistas molhadas e não construir em zonas de risco.
Bom, hoje tem UAKTI, de graça, na grama da Reitoria, como parte das comemorações dos 80 anos da UFMG.
Santa Clara, clareai!

Postado por Juliana.

escrita: Miopia

escrita: Miopia

domingo, 2 de dezembro de 2007

Dezembro


Bom fim de ano a todos nós.

Postado por Juliana.