quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Pessoas mais que especiais

Eu estava pensando nesses dias como algumas pessoas marcam nossas vidas. Algumas chegam devagarinho, começam com um papo meio sem assunto, depois lhe perguntam uma coisa aqui, uma coisa ali, e de repente, quando você nem se dá conta, elas já o conquistaram. Com outras, às vezes ocorre o contrário, nós é que ocupamos o lugar de “predadores”. Quando o outro menos espera, damos o nosso bote fatal. O engraçado é a certeza que temos de que aquela pessoa vai ser importante para as nossas vidas. Por um simples olhar ou uma conversa rápida já temos indícios da possível amizade que surgirá… E quando tal sentimento se concretiza, que alegria! Parece ser tesouro em nossas mãos. Dá um medo de perder e uma vontade de cuidar com o maior carinho. Falamos delas com muito orgulho e detestamos ouvir qualquer crítica ou desmerecimento em relação a essas pessoas. E como nossa vida fica mais feliz! Como é gostoso compartilhar momentos com amigos. O riso fica sem limites, uma situação engraçada é motivo para longas gargalhadas, gerando a sensação de que fizemos uns 10 abdominais, de tanta dor na barriga. Aos amigos que conquistei nesses anos, dedico esse pequeno parágrafo. Lembrei de muitas pessoas quando escrevia, obrigada por existirem!

Postado por Patrícia.

Língua portuguesa em perigo

Sabe-se que a “Escrita Brasil” realiza trabalhos de revisão e tradução de textos nas línguas portuguesa e inglesa. Pois bem, parece até contradição, mas uma das integrantes dessa organização (a própria autora desse artigo) está sendo acusada de tentativa de extermínio da língua portuguesa. Ora, antes de interpretações premeditadas, deixe-me explicar o fato. Além disso, quero já dizer que sou ré confessa. Bem, há algum tempo comecei a utilizar as palavras no diminutivo, era bem espontâneo, e no início eu não percebia muito essa utilização. Passado algum tempo, meus familiares (especificamente meus irmãos), começaram a reparar e me dizer: “Tudo que você fala é no diminutivo: carninha, pãozinho, travesseirinho, beijinho, tchauzinho etc...”
Depois dessa observação, comecei a reparar o fato e percebi como utilizo essa flexão de grau no meu vocabulário! A partir desse costume, aconteceram duas situações muito engraçadas. A primeira foi quando fui entregar uma calça jeans para o meu namorado e disse, muito espontaneamente: “Aqui sua calcinha”. Logo após a minha fala, ele comentou minha intenção de acabar com a língua portuguesa. Algumas semanas depois, a situação se inverteu, ele passou a sentar comigo no banco dos acusados. Estávamos juntos na fila do cinema, e ele pisou no pé de uma moça. Para se desculpar, ele disse a seguinte frase: “Desculpe, pisei no seu pezinho”. Logo após, ele percebeu como essa frase não era adequada para a ocasião, olhamos um para o outro, e rimos bastante. Agora posso dizer que não sou a única com intenções de acabar com a língua portuguesa...

Postado por Patrícia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Emoção

Desde pequena, nas férias com meus tios e tias na rua das Laranjeiras, no Rio, estou na platéia do teatro. Me lembro de uma peça infantil com a Lucinha Lins, em que ela fez uma brincadeira comigo na saída e me fez rir. Também me marcou a peça Capitães da areia, em que o ator Victor Hugo fazia o Sem-perna. Eu, pré-adolescente, havia me apaixonado pelo Pedro Bala ao ler o livro do Jorge Amado no colégio e saí de lá com um broche da peça e tudo! Confissões de adolescente, peça da Maria Mariana, com a Ingrid Guimarães, foi outra lembrança boa da minha -agora já- adolescência. Fui com minha irmã e uma amiga que havia convidado para passar férias comigo na casa dos meus tios “nas” Laranjeiras. Quando se é adolescente sempre tem isso, não é: “Chama uma amiguinha sua pra ir...” Pois, é.
Ao virar adulta, meu gosto caiu mais no cinema. Desenvolvi uma certa resistência ao teatro. Há anos não assistia a uma peça legal. Uma ou outra do FIT, em BH, ou a Terça insana valeram à pena. Só aparecia nos teatros do Palácio das artes para ver o Grupo Corpo ou apresentações musicais. No fim de semana que antecedeu o último feriado, fui à Praça da Liberdade ver a exibição do DVD de Romeu e Julieta com o Grupo Galpão em Londres. Fiquei fascinada pelo figurino e pela sensibilidade de interpretação do elenco.
Essa semana, aqui na UFMG, eles estavam em frente à Reitoria. O espetáculo era Um Molière imaginário. Foi lindo e muito engraçado! Houve improviso nas falas dos atores, proporcionando uma interação boa com o público. Estava todo mundo sentado desconfortavelmente na grama ou no chão, próximo ao palco; um calorão danado, mas a Lua e as estrelas estavam lá e a emoção era enorme.
O Galpão aqui e eu nem sabia! Ainda bem que minha amiga Flávia me chamou! A gente até saiu na foto!


Postado por Juliana Galvão. Foto: Felipe Zig.

sábado, 13 de outubro de 2007

Osso duro de roer


Essa semana o diretor José Padilha estava "em todos" os programas de debate da Rede Cultura. No Roda Viva, no Observatório da imprensa, enfim, estamos todos comentando o filme Tropa de Elite.
Muita gente já assistiu ao pirata e repetiu a dose no cinema. Foi o caso de uma amiga minha, que fez sessão pirata em casa com amigos e foi comigo ao cinema ontem, dia da estréia em Vitória.
O filme é excelente. Os atores estão muito bem e a impressão que tive foi a de que os testes para atores devem ter sido como uma peneira bem fina. O capitão Fábio é engraçadíssimo em sua fraqueza de caráter. Neto é apaixonado por sua profissão e o capitão Nascimento, um macho duro de matar, implacável com os traficantes e com "quem ajuda traficante", como ele diz.
Tropa de Elite mostra a falta de ética na polícia do Rio de Janeiro. Sabemos que essa falta acomete a polícia brasileira em geral e pede uma atitude no sentido de reestruturar a instituição, mais ou menos como Neto fez na oficina: organização, resolução, destino certo para verbas.
Impressiona o curso de formação dos futuros integrantes do BOPE: um treinamento para a violência, através da violência.
A questão debatida por mim, minha amiga e minha irmã, na saída do cinema, foi a da legalização das drogas.
Como arte, o filme dá orgulho (pelo menos a mim, sim, como brasileira).

Mas, Falcão cantando na hora do letreiro... Argh! Tanta trilha mais interessante...



Postado por Juliana. (No site do DCE UFMG: Repórter Internauta, "A fila do quentão e o Brasil").

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O Jogo do Livro VII: Escolhas em Jogo

Que livros indicar para leitores crianças e jovens? Nossas escolhas seriam as mesmas desses leitores? Por que os vestibulares selecionam certas obras e não outras? Que escolhas fazem as editoras para as suas publicações? E as que fazem escritores e ilustradores quando pensam no leitor do livro que escrevem/ilustram? Por que motivos professores ou bibliotecários da Educação Básica escolhem as obras que indicam aos alunos? Que critérios orientam especialistas da literatura para crianças e jovens nas escolhas dos livros que farão parte dos acervos das bibliotecas escolares?
O GPELL – Grupo de Pesquisa do Letramento Literário do Ceale/FaE/UFMG – buscando respostas para essas e outras perguntas, convidou pesquisadores, professores, bibliotecários, escritores, alunos, editores, entre outras pessoas envolvidas no circuito do livro e da leitura, para a sétima edição do Jogo do Livro. Em mesas redondas, oficinas e palestras, desta vez o evento tratará das escolhas literárias, focalizando o tema nas suas diversas instâncias, com a finalidade de melhor compreender seus processos e repercussões na formação de leitores.

As informações se encontram no site da FaE ou da Fundep.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Da amizade

O mais importante na vida de uma pessoa é a amizade. A gente sempre pode contar nos dedos quantos amigos tem, tal a raridade deste sentimento. Uma verdadeira jóia. Os amigos estão perto, mesmo quando a distância física impede um abraço e o olhar dentro dos olhos. Basta um contato por telefone, ou virtualmente, e a resposta chega rápido, toda contente e familiar.
As pessoas se tornam amigas. É uma escolha, a partir de afinidade, confiança, admiração. Amigos de infância, vizinhos, primos, colegas de faculdade, de trabalho, professores, irmãos, pai, mãe, esses são nossos amigos, se assim quisermos. E sabemos reconhecê-los pelo comportamento em relação a nós. Amigo elogia, dá puxão de orelha, conversa, ri junto, te faz companhia, quer dividir, dar e receber atenção, e tudo isso sem obrigações impostas. O que se deve fazer já se sabe e flui de uma forma muito natural. Amizade. Um sentimento natural, livre, elegante pela simplicidade, descomplicado, nobre.
Achei muitíssimo interessante o que o Dr. Flávio Gikovate, médico psicoterapeuta, disse em uma entrevista no programa Leila entrevista, da Rede Minas:

"A amizade é um tipo de aliança muito mais sofisticada porque não busca a fusão e sim a aproximação de duas criaturas que tenham importantes afinidades e interesses em comum. Nossa parte adulta estabelece vínculos respeitosos e ricos em intimidade, que correspondem à amizade. Nossa parte infantil tende a estabelecer um elo único com outra pessoa, em relação à qual passamos a ter expectativas similares àquelas que tínhamos de nossa mãe. Não tenho dúvidas a respeito: amizade é um processo muito mais adulto do que chamamos de amor".

A amizade é um laço bonito que o ser humano tem a capacidade de fazer.
Ao meu amigo Dwight.
Postado por Juliana.